História dos charutos

 

A Chegada de Colombo a Bariay: O Primeiro Encontro com o Tabaco e o Xamã Taíno, o Behike 

Em 28 de outubro de 1492, Cristóvão Colombo aportava na costa nordeste de Cuba, em um lugar hoje conhecido como Bariay, na província de Holguín. 

Ao pisar naquela terra pela primeira vez, Colombo se deparou com um mundo completamente novo  exuberante, espiritual e profundamente conectado à natureza. Mas foi ali também que ele testemunhou algo que mudaria para sempre os hábitos e os rituais de boa parte do planeta: o uso ritualístico do tabaco.

 O Tabaco: Uma Folha Sagrada

 Os habitantes nativos da ilha, o povo Taíno, pertenciam à grande família dos Arawaks e viviam em perfeita harmonia com o meio ambiente. 

Para os Taínos, o tabaco não era apenas uma planta: era uma ponte entre mundo físico e o espiritual. 

Naquela primeira visita, os exploradores europeus observaram os Taínos fumando folhas enroladas  uma prática totalmente desconhecida para os europeus da época. 

Essas folhas eram chamadas de Cohiba, uma palavra ancestral que, séculos depois, daria nome a um dos charutos cubanos mais emblemáticos do mundo.

 

O Behike: Guardião Espiritual dos Ritos do Tabaco 

Mas a presença do tabaco estava longe de ser um mero hábito recreativo.

 

Em cada aldeia Taína havia um xamã, conhecido como Behike  uma figura sagrada, responsável por curar, guiar e conectar a comunidade com os espíritos da natureza e os ancestrais.

 

O Behike era o mestre das cerimônias espirituais, e o tabaco era seu instrumento mais poderoso. 

Durante os rituais, o Behike fumava o tabaco para entrar em transe, fazer preces, interpretar sonhos ou buscar cura. 

A fumaça era considerada uma oferenda aos deuses e um meio de comunicação com o mundo invisível. 

  Do Ritual à Lenda: O Tabaco Cubano no Imaginário Global

O impacto dessa descoberta foi profundo. Colombo escreveu em seu diário que os nativos “levavam fogo nas mãos e inalavam a fumaça de certas folhas”.

Era a primeira menção europeia ao ato de fumar tabaco – um gesto ritual que, nas décadas seguintes, se transformaria em um dos maiores legados culturais e econômicos do Novo Mundo.

Séculos mais tarde, a figura do Behike seria eternizada em um dos charutos mais raros e prestigiados já produzidos: o Cohiba Behike.

Criado em edição limitada pela Habanos S.A., esse charuto é feito com a folha “médio tiempo”, extremamente rara, que confere uma complexidade aromática única – digna de um verdadeiro rito ancestral. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário